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tratamento para
escoliose
O QUE É ESCOLIOSE?

A Escoliose é uma deformidade tridimensional da coluna vertebral caracterizada por alteração nos 3 planos:
1. Inclinação lateral, no plano frontal com ângulo de Cobb maior que 10º
2. Rotação axial das vértebras, no plano transverso
3. Alteração das curvaturas fisiológicas de lordose lombar e cifose torácica, no plano sagital, na maioria das vezes, diminuição das curvas com retificações.
Escoliose é uma deformidade tridimensional
A escoliose possui erros de interpretação em sua definição.
Ela compreende um grupo heterogêneo de condições que consiste em mudanças na coluna, no tórax e no tronco.
Escoliose não é apenas um desvio lateral em C ou em S, em uma única dimensão, sendo assim ela não é uma alteração postural, a alteração postural é uma consequência da escoliose

O que causa a esoliose?
Aproximadamente 80% dos casos de escoliose são considerados idiopáticos, o que significa que não têm uma causa aparente identificável.
Embora a causa exata seja desconhecida, entende-se que é multifatorial. Um dos principais fatores está ligado ao déficit de controle postural do Sistema Nervoso Central (SNC), resultando em alterações no esquema corporal e déficits sensoriomotores.
Além disso, outros elementos contribuem para o surgimento da escoliose idiopática, como desequilíbrios hormonais (incluindo a melatonina, calmodulina e estrogênios, especialmente notáveis pela maior prevalência da doença entre as meninas), alterações genéticas que afetam as membranas celulares e de colágeno e músculos, alterações nos níveis de vitamina D e cálcio, e sobrecargas assimétricas.
Dos casos restantes, representando aproximadamente 20%, encontramos a escoliose não idiopática, que é aquela em que é possível identificar uma causa específica.
A escoliose adaptativa ou funcional surge quando há uma discrepância no comprimento dos membros inferiores, isto é, quando uma perna é mais curta que a outra em mais de 1,5 cm.
Por outro lado, a escoliose congênita ocorre devido a malformações nas vértebras.
Já a escoliose neuromuscular ou distrofia resulta de doenças neurológicas ou musculares que induzem deformidades vertebrais através de espasmos ou paralisias musculares. Essa condição é comum em casos de paralisia cerebral, mielomeningocele, poliomielite, neurofibromatose, entre outras.
Por fim, temos a escoliose antálgica, desencadeada por crises de dor na coluna que levam o paciente a se inclinar em busca de alívio. A resolução dessa escoliose está diretamente ligada ao tratamento da causa subjacente da dor, o que permite ao paciente retornar à sua postura corporal normal

CLASSIFICAÇÃO DA ESCOLIOSE IDIOPÁTICA

Classificação quanto a causa
Escoliose Idiopática - sem uma causa aparente
Escoliose Não Idiopática- com uma causa aparente
Classificação pela idade cronológica
A escoliose idiopática é classificada quanto a idade em que ela aparece e é diagnosticada
Escoliose Infantil - 0 a 3 anos
Escoliose Juvevil - 3 a 10 anos
Escoliose do Adolescente - 10 a 18 anos
Escoliose do Adulto - > 18 anos
Escoliose do Idoso - escoliose degenerativa


Classificação segundo a gravidade
A escoliose idiopática também é classificada quanto ao grau de gravidade segundo o ângulo de inclinação lateral do Cobb.
Escoliose Leve - Coob 10-15º
Escoliose Leve a Moderada - Coob 16-24º
Escoliose Moderada - Coob 25-34º
Escoliose Moderada a Grave- Coob 35-44º
Escoliose Grave - Coob 44-59º
Escoliose muito Grave - Coob >60º

QUAIS SÃO AS MAIORES AUTORIDADES EM ESCOLIOSE?


A SRS (Scoliosis Research Society) e a SOSORT (Society on Scoliosis Orthopaedic and Rehabilitation Treatment) são duas organizações dedicadas ao estudo, tratamento e pesquisa da escoliose, mas com abordagens e enfoques ligeiramente diferentes.
SRS (Scoliosis Research Society):
A SRS é uma organização internacional dedicada à pesquisa, tratamento e prevenção de deformidades da coluna vertebral, incluindo a escoliose.
Fundada em 1966, a SRS reúne médicos, pesquisadores, profissionais de saúde e outros interessados na área da escoliose.
Ela promove o avanço do conhecimento científico sobre a escoliose por meio de conferências, publicações e apoio à pesquisa, além de fornecer diretrizes clínicas e padrões de cuidados para profissionais de saúde.
A SRS é conhecida por seu foco em cirurgia da coluna vertebral e técnicas cirúrgicas para tratamento de deformidades graves da coluna, embora também apoie e promova abordagens não cirúrgicas quando apropriado.
SOSORT (Society on Scoliosis Orthopaedic and Rehabilitation Treatment):
A SOSORT é uma sociedade científica internacional que se concentra principalmente na abordagem multidisciplinar do tratamento da escoliose.
Ela reúne profissionais de diversas disciplinas, incluindo ortopedistas, fisioterapeutas, médicos de reabilitação e outros, que trabalham no campo da ortopedia e reabilitação.
A SOSORT promove pesquisas, desenvolve diretrizes clínicas e promove a educação e colaboração entre profissionais para melhorar os resultados no tratamento da escoliose, enfatizando muitas vezes o papel dos exercícios fisioterapêuticos específicos de escoliose (PSSE)
Em resumo, enquanto a SOSORT enfatiza uma abordagem multidisciplinar com ênfase em tratamentos conservadores, como exercícios fisioterapêuticos específicos para escoliose, a SRS tem um foco mais amplo que inclui pesquisa, educação e diretrizes clínicas para diversos aspectos do tratamento da escoliose, incluindo a cirurgia da coluna vertebral.
QUAL O MELHOR TRATAMENTO CONSERVADOR PARA ESCOLIOSE?
Exercícios Fisioterapêuticos Específicos para Escoliose
A SOSORT estabelece as diretrizes internacionais do tratamento conservador para a escoliose, recomendando a utilização de Exercícios Fisioterapêuticos Específicos de Escoliose (PSSE - sigla em inglês para “Phyiotherapy Scoliosis-Specific Exercices).
Esses exercícios são especialmente desenvolvidos para reduzir a deformidade e prevenir a progressão da curva, com o objetivo de minimizar a dependência de coletes corretivos ou intervenções cirúrgicas
Os 4 pilares dos Exercícios Fisioterapêuticos Específicos para Escoliose recomendados pela SOSORT:
1
2
3
4
Auto Correção Ativa Tridimensional
Estabilização em Posturas mantidas
Treinamento das Atividades de vida diárias (AVD's)
Educação do Paciente e da Familia
Os Exercícios Fisioterapêuticos Específicos de Escoliose (PSSE) são praticados atualmente, por diversas 'escolas' com bases científicas distintas. Entre as abordagenss internacionais estão as SEAS, Schroth, BSPTS, Dobomed, Side-Shift, FITS e Lyon, e o método brasileiro Exercícios Específicos para Escoliose – S4D (BRAZILIAN METHOD). Todas essas escolas seguem as diretrizes de tratamento recomendadas pela SOSORT
O Método S4D (BRAZILIAN METHOD)

O Método S4D foi criado pelo professor Rodrigo Andrade (Doutorando e Mestre – USP) que possui formações internacionais nas principais escolas com evidências científicas: Itália, Honk Kong, Colômbia e Estados Unidos.
Após quase 20 anos de estudos científicos e trabalho com escoliose desenvolveu novas abordagens criando o método S4D de exercicios e o colete corretivo tridimensional
O S4D (BRAZILIAN METHOD) fundamenta-se nas diretrizes estabelecidas pela SOSORT, enquanto seus exercícios aderem aos quatro pilares dos PSSE.
1
Auto Correção Ativa Tridimensional
Durante o exercício o paciente realiza sua autocorreção ativa e tridimensional das curvaturas vertebrais:
Crescimento do próprio eixo (crescimento axial)
Correção da Inclinação lateral no plano frontal
Correção da Rotação no plano transverso
Correção das curvas fisiológicas da lordose e cifose no plano sagital
Associação da respiração corretiva
2
Estabilização de Posturas Mantidas
Cada paciente é cuidadosamente classificado em subgrupos específicos com exercícios em posturas que favorecem a estabilização e o equilíbrio do corpo
Os Exercícios Específicos S4D foram meticulosamente desenvolvidos e subdivididos de acordo com a classificação modificada de Lenke, para abranger cada tipo de escoliose.
Essa segmentação é embasada nas características observadas durante a avaliação por meio de instrumentos e testes validados, os quais abordam:
(1) Rotação,
(2) Plano sagital
(3) Estabilização ou Mobilidade.
Adicionalmente, o método utiliza exercícios específicos para cada paciente, levando em conta seu subgrupo, a fim de prescrever o programa de tratamento mais eficaz.
Essa abordagem personalizada implica em determinar se o paciente necessita de um treinamento de força ou estabilização, ou se seria mais benéfico um treino de flexibilidade e mobilidade, enquanto mantém a autocorreção.
Subgrupo Rígido
Subgrupo Flexível
Tratamento Tônico
Tratamento Dinâmico
Alongamento e Mobilidade
Estabilização e Força
Plano Sagital
Rotação vertebral
3
Treinamento das Atividades de vida diárias (AVD's)
Os exercícios são focados na atividade diária do paciente, odos os pacientes recebem um treinamento de controle motor para:
Função
Equilíbrio
Dupla tarefa
4
Educação do Paciente e da Família
A educação do paciente e da família desempenha um papel fundamental no processo de tratamento da escoliose.
Além de proporcionar intervenções físicas específicas, o método enfatiza a importância de educar o paciente e seus familiares sobre a condição da escoliose e o papel ativo que desempenham no seu tratamento. Isso inclui explicar os princípios da autocorreção, fornecer orientações sobre a execução correta dos exercícios em casa e promover a adesão ao programa de tratamento.
Ao capacitar o paciente e sua família com conhecimento e habilidades, o Método S4D visa não apenas melhorar os resultados do tratamento, mas também capacitar os indivíduos a assumirem o controle de sua própria saúde e bem-estar a longo prazo.
Como é a avaliação de Escoliose?
Possuímos 2 tipos de avaliação de escoliose:
Avaliação de Rastreio:
É recomendada para todos os adolescentes entre 10 e 16 anos, especialmente durante a fase de estirão de crescimento, que ainda não foram avaliados quanto à presença de escoliose.
Realizamos essa avaliação para identificar possíveis casos de escoliose e, se julgarmos necessário, encaminharemos o paciente para uma radiografia panorâmica diagnóstica, permitindo a medição precisa do ângulo de Cobb.
Esse tipo de avaliação realizamos uma avaliação clínica detalhada do paciente para investigar as possíveis causas da escoliose, incluindo escolioses não idiopáticas. Utilizamos uma variedade de testes físicos e instrumentos que auxiliam na detecção de alterações vertebrais.
É uma avaliação com aproximadamente 1 hora de duração de consulta

Avaliação de Escoliose:
Quando o paciente já recebeu o diagnóstico de escoliose e realizou a radiografia panorâmica, revelando um ângulo de Cobb superior a 10º, a avaliação é conduzida em duas etapas distintas:
-
Avaliação radiográfica
-
Avaliação clínica.
É uma avaliação com aproximadamente 2 horas de duração de consulta

Avaliação Radiográfica
Na avaliação radiográfica, examinamos minuciosamente toda a documentação do paciente, avaliando o alinhamento crânio-sacral e realizando cálculos dos ângulos de Cobb tanto no plano frontal para identificar curvas de inclinação torácica e lombar (escoliose), quanto no plano sagital, para medir o ângulo da cifose torácica e ângulo da lordose lombar.
Além disso, classificamos o grau de rotação conforme a classificação Nash-Moe e avaliamos o crescimento ósseo pela calcificação do osso ilíaco pelo grau do Risser.
Com base nos dados obtidos na avaliação radiográfica, podemos calcular o fator de progressão da escoliose e avaliar a probabilidade de sua piora. Pacientes com chances de progressão de até 40% são classificados como Sinal Verde, indicando baixo risco de progressão. Para 40% a 60% de chances de piora da curva, classificamos como Sinal Amarelo, demandando uma atenção mais intensiva. Já para chances maiores que 60% de progressão, acendemos o Sinal Vermelho, indicando a necessidade de um tratamento mais intensivo para mitigar a possível piora.
Através da radiografia, também classificamos as curvas de acordo com os seis tipos de classificação de Lenke.


Avaliação Clínica
Na avaliação clínica, iniciamos com uma anamnese detalhada para compreender o histórico médico do paciente e suas condições de saúde.
Após a anamnese, procedemos com o exame físico que é composto de vários testes:


Exame Físico:
1. Avaliação Postural Estática, para verificar como está o alinhamento crânio sacral do paciente e se apresenta algum balanço.
2. Avaliação postural Dinâmica, para verificar sua flexibilidade ou rigidez em resposta aos movimentos de tronco
3. Discrepâncias no comprimento dos membros inferiores, para verificar se existe diferença no tamanho dos membros que possa influenciar no desalinhamento da coluna.
4. Testes de equilíbrio, para verificar se paciente é mais dinâmico ou tônico
5. Testes específicos para rotações vertebrais e os ângulos das curvas fisiológicas da coluna
6. Testes de flexibilidade de todos os movimentos da coluna vertebral
7. Teste de Força muscular dos eretores da coluna
8. Teste Dinâmico de força muscular dos abdominais específico para as fibras rápidas
9. Teste Estático de Força muscular dos abdominais específico para fibras lentas
10. Teste de estabilização lombopélvica

Instrumentos que utilizamos em nossa avaliação
Em nossa avaliação, empregamos diversas ferramentas que auxiliam no rastreamento de alterações vertebrais.
1.SIMETRÓGRAFO utilizado para avaliar desvios posturais através da observação de pontos anatômicos.
2.FOTOGRAFIAS PADRONIZADAS Como são capturadas aproximadamente 20 fotos em diferentes posturas e posições durante os testes, é essencial padronizar as imagens. Isso permite que as futuras avaliações sejam conduzidas de maneira consistente, com a mesma distância e os mesmos padrões, assegurando a precisão dos resultados
3. LASER permite melhor precisão ao verificar alinhamento/assimetrias
4. ESCOLIÔMETRO Instrumento que nos permite verificar o grau das rotações vertebrais. Foi desenvolvido para medir a rotação axial do tronco de portadores de escoliose.
5. INCLINÔMETRO instrumento que nos permite analisar os ângulos das curvaturas torácica (cifose) e lombar (lordose).
Eleição da abordagem do tratamento
O tipo de tratamento que o paciente receberá varia de acordo com o seu grau de escoliose, ou seja, conforme a extensão da deformidade na coluna vertebral.
Existe um tratamento específico para cada nível de deformação.
A SOSORT (Sociedade Internacional de Pesquisa em Ortopedia e Reabilitação em Escoliose) e a SRS (Scoliosis Research Society) estabelecem recomendações quanto ao tipo de tratamento com base na gravidade da escoliose.
Essas diretrizes ajudam os profissionais de saúde a determinar o melhor curso de ação para cada paciente, visando a alcançar os melhores resultados possíveis.

O último consenso da SOSORT em 2016 resultou na definição das diretrizes de tratamento, estabelecendo as práticas clínicas (guidelines). Publicado em 2018, foram definidos os seguintes tratamentos de acordo com a magnitude (tamanho) da curvatura da escoliose:
De 0 a 10 graus
Na radiografia panorâmica, se o ângulo de Cobb for inferior a 10º, ou se durante a avaliação clínica o fisioterapeuta medir menos de 7º no Escoliômetro durante o teste de Adams, essa curvatura não é classificada como escoliose, mas sim como desvio lateral da coluna vertebral.
Isso ocorre porque não há o processo rotacional das vértebras, apenas um desvio lateral no plano coronal.
Embora seja necessário acompanhamento, não é recomendado tratamento fisioterapêutico para esse caso.
De 10 a 25 graus
A prescrição de exercícios científicos fisioterapêuticos para escoliose visa ensinar o paciente a corrigir sua rotação vertebral e treinar o sistema neuromotor para ativar um reflexo de autocorreção postural durante as atividades diárias.
Esses exercícios são baseados nas recomendações da SOSORT e incluem exercícios de autocorreção tridimensional, estabilização em posturas corrigidas, treinamento nas atividades da vida diária (AVD's) e educação do paciente e da família
De 25 a 45 graus
Coletes Ortopédicos (Órtese para Escoliose) associado aos Exercícios Específicos
A indicação para o uso do colete também deve seguir as evidências científicas e diretrizes estabelecidas pelo SOSORT em 2016, onde são recomendados os modelos de coletes com tecnologia 3D. Além de serem mais modernos, esses coletes são ativos e realizam correções de forma tridimensional.
A SOSORT, com suas diretrizes internacionais, não mais recomenda os coletes tradicionais, como os modelos Milwaukee e Boston, que frequentemente são prescritos por ortopedistas no Brasil. Em vez disso, os coletes ortopédicos 3D são indicados durante a fase de crescimento de crianças e adolescentes.
Para os pacientes que necessitam do uso do colete, nossa equipe de profissionais está pronta para encaminhá-los e orientá-los para a confecção do Colete 3D no Instituto Escoliose Brasil, que é referência internacional no tratamento não-cirúrgico da escoliose e deformidades da coluna vertebral, e nossos especialistas mantêm contato direto com eles para garantir o melhor acompanhamento e suporte aos nossos pacientes.



NÃO INDICADO
Colete Milwaukee

NÃO INDICADO
Colete Boston
Efeito imediato do Colete Tridimensional
Radiografia de uma paciente sem o colete e radiografia após colocar o colete tridimensional

Foto: do Instagram do Escoliose Brasil.
Colete Tridimensional
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INDICADO
Acima de 45-50 graus
O tratamento cirúrgico é indicado para curvas superiores a 45-50 graus em pacientes adolescentes e adultos.
Geralmente, a cirurgia é reservada como última forma de tratamento, especialmente nos casos em que a curvatura acentuada causa muito desconforto ao paciente e interfere em suas atividades diárias.
O objetivo da cirurgia é corrigir a curvatura e evitar seu agravamento. Isso é feito utilizando-se implantes metálicos nas vértebras, os quais são conectados a hastes para corrigir a curva e manter as vértebras na posição corrigida até que ocorra a fusão da coluna vertebral.


O tratamento pode evitar:
Progressão da curva Cirurgias
Incapacidade física
Problemas futuros com fatores sociais e psicológicos.
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